quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
7 e 7 sào 14
Até então tinha gostado mesmo do meu terceiro namorado... Foi bom... Foi intenso... O amor virou dor... Passou... Curou... Sobrou amizade e algumas lembranças. A partir daí foi um mergulho de paixões – inúmeras e rasas! Depois vieram outros que me ensinaram gostos, coisas, músicas, sons, livros, textos e amor... Também passaram... O amor, o carinho continua – virou amizade, virou combustível... Virou maturidade e caráter!
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Decidi I
Decidi que ia encarar todos os suspiros de dó, todos os olhares de “coitadinha’’ e seguir adiante... Decidi que ia aceitar as perdas, as mortes, as interrupções de sonhos como partes da minha história... Decidi que não ia usar isso como justificativa – por mais que aconteça... Decidi então entender sem rebeldia, sem rancor, sem medo de ser feliz, que ia aceitar a morte dos queridos...
Aos, quase dezoito, decidi que podia conhecer meu pai sem odiá-lo, me enganei, fui deixar de odiá-lo uns três anos depois – quando descobri que o amor e as frustrações são inerentes as nossas vontades...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Vontades
Deu vontade de escrever pra você, de falar com você, de estar com você... Mas sei que você ia achar isso tudo muito ridículo, tudo uma fuga de controle... Não me leve a mal, eu amo você - te amo justamente pela energia oposta que significa; pelo porto seguro que representa. Tem a maturidade que me foi ausente, o significado de certas coisas e a explanação de outras... Para você - meus problemas, minhas inquietações parecem tão fáceis de solucionar... Tão simples... Tudo uma questão de jogar... De aceitar... De transformar...
Não sou viciada em você - talvez no sexo ... Mas sinto que preciso de você, que pensar em te perder, em dar a chance de conhecer outra... Seria insuportável... (Acho que sou mesmo egoísta) Você é maravilhoso.. Um pouco inadequado... Um pouco desengonçado para meus defeitos... Mas gosto assim - esses deslizes tem sido essenciais!! Não , não se assuste, não saia correndo – você não é minha razão de viver... Tão pouco é uma extensão de mim... É sim, alguém que me faz ter vontade de crescer.. De amar... De experimentar e de testar... As vezes sei que falta algo.. Que o espaço à ser preenchido é fundo, ou muito raso para tantas vontades...
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Não sou tão bonitinha quanto gostaria... Não sou um encanto, não consigo ser tão meiga... Não sou tão boa amiga – esqueço os endereços, as datas de aniversário, os dias importantes... Não gosto de comparecer as festas, e ultimamente qualquer assunto me entedia... Lugar no mundo?! Será que isso existe? Ou somos insatisfeitos e precisamos dessa energia como fonte de “criação’’?
Meu mundo é bem mais obscuro, sou bem mais medíocre do que aprecio! Busco por algo que não sei o que é... Sei que me move, mas esta lento – quero mais dinamismo, quero mais ação, quero mais tesão, quero mais paixão. Quero muito mais de mim e um pouco mais do próximo.
Não consigo esclarecer se é insatisfação, esquizofrenia ou incompreensão.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Seu primo morreu! (Disse ele, com uma voz normal, nada trêmula.)
Ela logo se entregou à pensamentos que iam bem além da morte.
Se perguntava o que aquele primo mudou em sua vida... Acreditava no espiritismo, e isso a incomodava pela primeira vez.
Era o que era, pelo que seu primo foi para ela. Talvez uma primeira paixão.
Lembrava dos olhos puxados, da pele morena, do corpo magro... Até quando aquilo mexeria com ela?
Ou era o tio alcoólatra e a avó solitária que lhe preocupavam?
Até quando iriam durar?Quando deixariam de existir para ela?
Talvez nunca... Afinal, as lembranças nunca se vão... Experiências se perpetuam.
Nunca iria esquecer os bracinhos roxos e inquietantes buscando a única forma de defesa presente - uma garrafa. No interior a sobra de bebida agora se misturava com o que a força infantil lhe permitiu ferir, na cabeça do monstro de bafo quente. (Bafo que ela admitia certo interesse nas atuais circunstâncias.)
Já no caso da avó... Parecia ser eterna, intocável. Nada parecia abalar aquele bloco. Mas também, o que aconteceria com a queda do bloco?
Seria tudo bem mais caótico, mais feio, triste e frio.
Voltou a pensar no tio, queria afogar aquela gota de álcool em uma poça de sangue.
Ela logo se entregou à pensamentos que iam bem além da morte.
Se perguntava o que aquele primo mudou em sua vida... Acreditava no espiritismo, e isso a incomodava pela primeira vez.
Era o que era, pelo que seu primo foi para ela. Talvez uma primeira paixão.
Lembrava dos olhos puxados, da pele morena, do corpo magro... Até quando aquilo mexeria com ela?
Ou era o tio alcoólatra e a avó solitária que lhe preocupavam?
Até quando iriam durar?Quando deixariam de existir para ela?
Talvez nunca... Afinal, as lembranças nunca se vão... Experiências se perpetuam.
Nunca iria esquecer os bracinhos roxos e inquietantes buscando a única forma de defesa presente - uma garrafa. No interior a sobra de bebida agora se misturava com o que a força infantil lhe permitiu ferir, na cabeça do monstro de bafo quente. (Bafo que ela admitia certo interesse nas atuais circunstâncias.)
Já no caso da avó... Parecia ser eterna, intocável. Nada parecia abalar aquele bloco. Mas também, o que aconteceria com a queda do bloco?
Seria tudo bem mais caótico, mais feio, triste e frio.
Voltou a pensar no tio, queria afogar aquela gota de álcool em uma poça de sangue.
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